O eterno ativista político Deltan Dallagnol, “o homem das convicções sem provas”, já não tem mais o que esconder em relação ao seu ativismo político-partidário, que marcou a sua fraudulenta atuação na Lava Jato como subalterno de Sérgio Moro. Desmoralizado pela Vaza Jato, juntamente com o seu chefe de acusação travestido de juiz, Dallagnol já participa de reuniões com grupos de direita e de extrema-direita visando as eleições ao Senado em 2022.
Ao que parece, as reuniões ocorrem com grupos lavajatistas egressos do bolsonarismo. Tudo leva a crer que há uma tendência clara de bolsonaristas e outros grupos de direita e extrema-direita que apoiaram o capitão fascista de filiarem-se ao Podemos de Álvaro Dias. Dessa vez foi um grupo de senadores intitulado “Muda Senado” e a reunião da qual Dallagnol participou aconteceu na casa da senadora Selma Arruda, ex-PSL e bolsonarista arrependida, agora no Podemos. Foi esse mesmo Podemos, através do próprio Álvaro Dias, que já sondou até o ministro Moro para candidatar-se a senador pelo partido. Esse mesmo grupo de senadores já havia antes reunido-se com grupos de direita e extrema-direita, como o MBL, Vem Prá Rua e Nas Ruas. O que há de comum em todos esses grupos, além de serem de direita? Todos apoiaram Bolsonaro, mas são da ala morista-lavajatista e que agora estão se descolando do bolsonarismo.
Dallagnol trata de garantir seu futuro, já que anda mais enrolado do que cobra fazendo sexo. Ele usou a Lava Jato para monetizar. Ele usou a Lava Jato com fins políticos. Ele usou a Lava Jato como atalho para palestras e consequente enriquecimento. E, numa voracidade avassaladora, ainda queria gerir um fundo bilionário. Agora, com suas pérfidas e criminosas ambições sendo desmoronadas, ele busca abrigo político que, de alguma forma, o possa blindar no futuro. Isso se antes não for punido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, onde responde a uma enxurrada de reclamações.
Tudo indica que o Podemos está saindo na frente para abrigar lavajatistas egressos do bolsonarismo. Joice Hasselmann poderá ser a próxima. Dudu Bolsonaro já está consumando a rasteira na deputada, tirando-lhe a legenda para a disputa da prefeitura de São Paulo e ela já disse que, se for o caso, deixa o PSL. Certamente, junto com Álvaro Dias poderá ser mais uma correligionária de Dallagnol.
O site “O Antagonista”, órgão oficial do morismo e do lavajatismo, publicou que o objetivo do encontro foi “traçar estratégias conjuntas”. Ao que parece, a Lava Jato está, enfim, assumindo aquilo que sempre foi: uma organização política. Fico imaginando o que Dallagnol e Álvaro Dias poderiam traçar de “estratégias conjuntas”… Aliás, não dá nem para imaginar!