O que a pop star Madonna, o craque do futebol francês Mbappé e o presidente da França, Emmanuel Macron, possuem em comum? Bem, hoje os três, juntamente com outras personalidades internacionais, manifestaram sua apreensão em relação às queimadas que estão destruindo a Amazônia. Até o prefeito de Nova Iorque manifestou-se, denunciando o aumento da destruição da região. A preocupação em todo mundo é tanta que uma reunião do G7 foi convocada para discutir o desastre ambiental do governo Bolsonaro e tentar conter a destruição. O Secretário Geral da ONU, António Guterres, também manifestou preocupação com os constantes incêndios na região.
Enquanto o mundo manifesta sua preocupação com a situação da Amazônia, Bolsonaro demite o diretor do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o cientista Ricardo Galvão que, cumprindo seu papel, divulgou a real situação do desmatamento na região. A política ambiental do governo Bolsonaro já vem sendo criticada há tempos, tanto por ambientalistas, cientistas e estadistas de todo mundo, dos mais variados matizes ideológicos, especialmente pela agenda e pelos seus dogmas oficiais, dentre os quais a negação do aquecimento global. Não tendo agenda, não tendo projeto, não tendo capacidade e competência para debater o assunto e com um ministro do meio ambiente que já foi até condenado por crime ambiental (sic!), Bolsonaro parte para a agressão gratuita, valendo-se da calúnia e acusando, genericamente, as ONGs pelos incêndios florestais. Quando, de forma absurda, Bolsonaro demitiu o diretor do INPE, ele já acusava irresponsavelmente o cientista de estar a serviço de alguma ONG.
Os crimes ambientais do governo Bolsonaro já eram anunciados e o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Carlos Bocuhy, já declarou que o Brasil está diante de um “Estado de exceção ambiental”. Até a Nasa, a agência espacial idolatrada por Bolsonaro, registrou o aumento exponencial das queimadas na Amazônia. Esse triste episódio não deixa de ser uma tragédia anunciada e, com todos os problemas pelos quais a região sempre passou em todos os governos, envolvendo, de um lado, indígenas e ambientalistas e, de outro, o agro-negócio, mineradoras e madeireiras, a situação da região nunca levou a um clamor internacional tão enfático como visto atualmente. Enquanto Bolsonaro e seus soldados virtuais lançavam mentiras e calúnias pelas redes sociais, a agenda ambiental era desprezada e associada a “esquerdistas”, “índios vagabundos” e “ongueiros profissionais”.
O que o governo de extrema-direita faz com o meio ambiente é um crime de lesa-Pátria. Ou melhor, um crime de lesa-Mundo. E o mundo está dizendo não a Bolsonaro e sim à salvação da Amazônia!