A transferência do ex-Presidente Lula para o presídio de Tremembé, em São Paulo, é mais uma das muitas retaliações à divulgação do escândalo já conhecido mundialmente como “Vaza Jato”. Hoje, 7 de agosto, o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, atendendo a uma decisão da juíza Carolina Lebbos,  determinou que Lula cumpra o restante de sua pena no presídio localizado em São Paulo. Depois das ameaças explícitas de Bolsonaro ao jornalista Glenn Greenwald, em que o Presidente da República absurdamente disse que o jornalista seria preso no Brasil, agora foi a vez de os tentáculos da magistratura carcomida, exemplificada por Moro, fazer a sua retaliação.

O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci é tão suspeito quanto Moro para proferir qualquer determinação refente a Lula. Isso porque o referido juiz ocupa um cargo de confiança no Conselho Nacional de Política Criminal, em que foi nomeado pelo já ministro Sérgio Moro. A nomeação de Paulo Eduardo Sorci consta na Portaria 173 do Ministério da Justiça, publicada em 26 de fevereiro de 2019. Assim, o referido juiz não passa de um preposto de Moro na magistratura. A transferência é uma clara intenção de impor a Lula um constrangimento absolutamente arrivista do time comandado por Moro, Dallagnol e Cia. Trata-se de uma transferência que não foi pedida pela defesa, que é absolutamente desnecessária e que apenas inflamou as hostes digitais dos fascistas a propagarem a “ida de Lula para o presídio”.

O STF, no entanto, barrou por maioria a absurda e vingativa transferência. Parece que um poder fundamental da República ainda respira. A vingança de Moro, através de seu preposto, já surgiu morta. Que a decisão desse dia seja um anúncio aos generais, cabos e soldados, da independência do STF. Com a decisão, Lula permanece em Curitiba, aguardando o mesmo STF se pronunciar sobre a parcialidade de Moro como juiz em seu processo. Isso, aliás, a Nação inteira está aguardando.