A Lava Jato acabou. Qualquer operação do MP, decisão judicial e prisão pela Polícia Federal estarão, doravante, sob fortíssimas e fundamentadas suspeitas. As revelações dos diálogos promíscuos e criminosos entre Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa, feitas pelo The Intercept, desmascararam Moro e a Lava Jato e mostraram tudo aquilo que, há tempos, já era afirmado por muitos.
Moro e seus comparsas do Judiciário e do Ministério Público devem explicações à sociedade. A conduta política que sempre marcou a Lava Jato, agora desmascarada, fica evidente nos diálogos subterrâneos que foram revelados. A ponto de a procuradora Laura Tessler, em uma de suas afirmações, demonstrar preocupação com uma eventual eleição de Fernando Haddad, caso fosse permitido a Lula dar uma entrevista coletiva. Disse a procuradora “isenta e imparcial”:
“Sei lá… Mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger Haddad.”
Quando que alguém que representa o Ministério Público poderia ter uma preocupação com a possível vitória de um candidato? Soltar Lula imediatamente e anular todo processo é o mínimo que se pode fazer. Moro, Dallagnol e seus outros comparsas de conversas subterrâneas de uma “justiça” parcial e político-partidária devem responder pelos crimes de violação ao Código de Processo Penal e à Constituição. Urge uma CPI para investigar as condutas criminosas de uma operação que, agora tem-se a certeza, jamais poderá lavar o país porque sua água é uma água fétida, imunda e contaminada pelo esgoto da toga e de seus penduricalhos igualmente fétidos do Ministério Público.
As revelações dos diálogos escandalosos entre Moro e os procuradores compromete o Judidiário. Compromete o Ministério Público. Compromete a democracia. Compromete o resultado da eleição de 2018, quando um candidato, que era tido como virtual vencedor, foi impedido de participar do pleito em virtude de decisões judiciais parciais e e de cunho claramente político.
A Lava Jato virou “Lava Gate”, o escândalo que desmoraliza o Poder Judiciário e o Ministério Público. E se essas duas instituições, ou pelo menos o que restar delas, ainda quiserem recuperar alguma credibilidade, devem agir logo. Sem protecionismo. Sem corporativismo. Imune às pressões. Porque tudo indica que ainda vem muito mais por aí…