A “moralidade”, tão propagada na campanha, não passa nem perto dessa gente. Ontem chegou até nós a notícia de que o deputado federal Coronel Tadeu, do PSL, assinou no lugar de colegas de partido a lista de inscrição de oradores para, com esse expediente subterrâneo, impedir a fala dos oposicionistas. Nem precisa ser técnico em grafologia para perceber que os nomes de Carla Zambelli, Alexandre Frota, Coronel Tadeu, Coronel Chrisóstomo e Daniel Silveira, todos do PSL, estão grafados com a mesma caligrafia. A deputada Carla Zambelli chegou a ter a coragem de dizer que “não sabia” que havia problema em um deputado assinar no lugar de outro a inscrição para fazer uso da palavra.
A falsificação é tão escandalosa que o próprio falsificador, o Coronel Tadeu, admitiu ter assinado no lugar dos outros deputados bolsonaristas, porém acrescentou que “não cometeu nenhuma irregularidade”. A fraude, admitida pelo próprio fraudador, deveria ser, no mínimo, objeto de denúncia no Conselho de Ética daquela casa legislativa. Mas eles, com certeza, estão respaldados. Porque esse crime, naturalmente, é menos grave do que corrupção e “caixa 2”. E nem está no “pacote anticrime”. Então, o Moro perdoa…