O ÍDOLO PEDÓFILO DO BOLSONARO

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“Nós fomos estupradas sem piedade. Eles não queriam ninguém com mais de 15 anos, porque diziam que já tinham ossos duros.” (Julia Ozório, que aos 12 anos de idade foi raptada para ser enviada ao ditador paraguaio Alfredo Stroessner e seus colaboradores, para ser estuprada).

“Então, aqui está minha homenagem ao nosso general Alfredo Stroessner.” (Jair Bolsonaro, em 26 de fevereiro de 2019, na solenidade de nomeação das novas autoridades da hidrelétrica de Itaipu).

Jair Bolsonaro não tem como ídolos apenas torturadores, como o assassino Brilhante Ustra, aquele que enfiava ratos e cobras vivas nas vaginas das presas políticas. Ditadores como Augusto Pinochet também estão na galeria de seus ídolos. Mas não basta ser torturador e ditador sanguinário. Bolsonaro também tem como ídolo um dos mais cruéis ditadores da América do Sul, o paraguaio Alfredo Stroessner, que governou com mãos de ferro a nação guarani por 35 anos. Em sua ditadura, ele deu refúgio até a nazistas. Mas Stroessner não era apenas ditador, assassino e acolhedor de nazistas. Dentre outros crimes, ele também era pedófilo. Os crimes sexuais de Stroessner contra crianças já eram conhecidos, mas, há algum tempo vêm sendo mais divulgados através de pesquisas documentais de comissões de verdade e de depoimentos de suas vítimas. Julia Ozório é apenas uma delas. O ditador e militares que o assessoraram durante os 35 anos de seu governo tirânico são acusados de manter “haréns” de meninas com menos de 15 anos de idade.

O lamentável episódio das meninas estupradas por Stroessner voltou à pauta a partir de entrevistas e reportagens feitas por órgãos de imprensa como o Ultima Hora do Paraguai e testemunhos gravados em vídeos para o museu virtual que exibe os horrores do governo fascista de Stroessner. Julia Ozório, em outra afirmação sobre a época em que foi vítima do ditador ídolo de Bolsonaro acrescenta: “Havia pilhas de fotos de meninas nuas ou usando pequenos vestidos, onde escolhiam suas vítimas. Eles tiraram fotos parecidas de mim.”  Julia deixou o Paraguai depois que foi libertada pelo seus algozes sexuais, comandados pelo ditador, assassino e pedófilo que, ontem, Bolsonaro chamou de “nosso general”. Bolsonaro não foi apenas protocolar. Ele poderia limitar-se a cumprir o protocolo sem fazer homenagens a um pedófilo. Até porque ele tem pleno conhecimento de quem foi Stroessner. Está provado, por ele mesmo, que ele gosta de tipos assim. Os crimes sexuais de Stroessner contra crianças também são narrados pelo historiador e jornalista Bernardo Neri Farina, especialmente em sua obra “O Último Supremo”. Em um trecho do livro, Bernardo Neri Farina escreve, falando sobre uma casa que servia de “alojamento” para as meninas caçadas que serviriam para atender aos desejos criminosos e bestiais do ídolo de Bolsonaro: “Naquela casa se alojavam as meninas trazidas especialmente do interior do país, que eram preparadas para serem oferecidas como delícias para o presidente e sua corte.”  

Pelo visto, Bolsonaro ainda vai aumentar muito a sua galeria de “bandidos de estimação”. Depois de torturadores, ditadores sanguinários e milicianos, agora ele exalta também pedófilos. Receio que, ainda hoje, a Damares suba na goiabeira…

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