“Agora é vídeo, pai! Pega o seu amigo! Pega o seu amigo!” (Filha de Queiróz, o “laranja” da família Bolsonaro, durante filmagem na noite de réveillon, em que Queiróz aparece dançando no Hospital Einstein).
Já que o procurador Dallagnol não fez jejum espiritual com orações para expressar sua indignação, então chegou a hora de o “laranja da família presidencial” dançar para expressar sua alegria e mostrar ao Brasil e ao mundo que não existe esse negócio de que “a lei é para todos”. Com ele não vai ter esse negócio de condução coercitiva tipo filme da SWAT.
O vídeo divulgado ontem, onde Fabrício Queióz, o “laranja da família presidencial”, aparece às gargalhadas em pleno Hospital Albert Einstein, junto com a mulher e a filha, é mais uma afronta que desmoraliza o Ministério Público, a Justiça e aqueles que ainda se iludem ao repetirem o mantra fajuto de que “a lei é para todos.” O vídeo, revoltante sob todos os aspectos, foi divulgado logo depois de Queiróz e Flávio Bolsonaro não terem comparecido às audiêcias para as quais foram convocados. A filmagem foi feita em 31 de dezembro. Foi o “Réveillon em família”. Como estavam em um hospital, deve ter sigo regado a muito suco de laranja.
Internado e hospedado em um dos hospitais mais caros do Brasil, Queiróz esbofeteia a sociedade e o país com sua dança. Dança que, aliás, já vem sendo sinônimo de impunidade. Foi assim que Marun fez quando o Congresso comprado livrou Temer de responder a processo por corrupção. E, do mesmo modo, o “laranja dos Bolsonaros” age, dando um verdadeiro “olé” no Ministério Público, na Justiça e na lei. Some-se a tudo isso, o respaldo dado pelo “silêncio ensurdecedor” daqueles que falavam que, a partir da “nova era”, a lei teria que ser para todos. Se os amarelos não estiverem vermelhos (sem provocação) de vergonha, então eles também devem estar dançando. Afinal, tudo não passa de um “pequeno rolo”…