“Relaxa e goza!” (Marta Suplicy, então Ministra do Turismo, em 2007, em uma mensagem aos passageiros durante o caos aéreo).
A ex-petista, aliada de Temer e golpista Marta Suplicy anunciou a sua desfiliação do MDB. O anúncio de sua saída do partido de Temer foi feito ontem. Ela afirmou estar insatisfeita com o governo do golpista do Jaburu (só agora?) e, em um documento que divulgou, intitulado “Carta aos Paulistas”, expôs os motivos de sua saída. Na verdade, ela não está apenas deixando o MDB, mas a vida política. Sabedora de que não seria reeleita ao Senado e de que ser vice na chapa de Henrique Meirelles é outra “furada”, Marta Suplicy resolveu anunciar o fim melancólico de sua carreira política. Isso, depois de ficar, por três anos, na companhia do que há de mais podre na política brasileira.
Ela havia deixado o PT em 2105, porque “não tolerava a corrupção”. Então, foi para o PMDB (hoje, MDB) e juntou-se a Temer, Moreira Franco, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e outros “vultos impolutos”. Em 2016 apoiou o golpe contra a Presidente Dilma e manteve-se sempre fiel ao governo corrupto de Temer e seus comparsas. Em sua “Carta aos Paulistas“, acreditem, ela diz que o “toma lá, dá cá” dos partidos políticos é algo insuportável.
Criticar o PT e seu governo, do qual ela inclusive fez parte, não é problema algum. Faz parte da democracia. Porém, usar as críticas ao PT que, sem dúvida, cometeu sim vários erros, como pretexto para juntar-se ao que há de mais podre e corrupto na política brasileira e ainda apoiar um golpe e o governo golpista, vai uma distância infinita. A senhora Marta Suplicy manchou, para sempre, a sua biografia política. Se ela criticasse o PT e tomasse outros rumos, como muitos outros críticos da legenda, até entenderíamos. Mas ir juntar-se a Temer e seus comparsas em um governo criminoso e corrupto, também vai uma distância infinita.
Agora, em fim de festa, e avizinhando-se uma eleição em que ela sabe que não ganhará, covardemente “joga a toalha”. Com certeza, o povo brasileiro, especialmente os paulistas, gostariam de julgá-la e dar a ela o veredito das urnas em outubro. Mas ela preferiu sair de cena, em um último ato em que cumpriu até o papel ridículo de ser mera coadjuvante no governo golpista e cleptocrático de Temer.
Vai pela sombra, dona Marta. E, não se esqueça de “relaxar e gozar!”