Os caminhoneiros marcaram para esta segunda-feira, 21 de maio, um protesto em que várias entidades representativas da categoria prometem fechar diversas rodovias. Protestos em rodovias no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e diversas outras partes do país, incluindo o sistema Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo à Baixada Santista, estão programados. Os protestos afetariam, inclusive, a entrada ao porto de Santos.
Na verdade os caminhoneiros, como muitos outros, estão colhendo os frutos daquilo que apoiaram em 2016 quando, enebriados pela mídia golpista e iludidos com a ideia de que a saída de Dilma melhoraria suas situações, acabaram entrando no jogo dos golpistas. O preço dos combustíveis vem tendo aumentos tão absurdos que, sem dúvida, acabará se tornando uma arma eleitoral tanto para o PT como para outros partidos que fazem oposição ao governo ilegítimo, golpista e corrupto de Temer.
Os protestos de hoje têm como principal causa o preço do combustível que, segundo as entidades que representam os caminhoneiros, representa 42% dos custos de suas atividades. A Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) divulgou uma nota onde afirma que “o aumento constante dos preços nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo.” Ou seja, os caminhoneiros também sentem na pele a opressão tributária do governo Temer. Isso é natural. Afinal, como Temer pagaria os deputados comprados para o livrar de duas denúncias da PGR?
O protesto dos caminhoneiros é legítimo. Mas, ao mesmo tempo, eles procuraram essa situação ao respaldarem o golpe de 2016. A verdade é que, com o governo golpista de Temer, o preço dos combustíveis atingiu uma máxima histórica. O litro da gasolina, por exemplo, já está batendo na porta dos 5 reais. Em alguns estados, como o Rio de Janeiro, ela fica mais cara ainda, por conta dos impostos estaduais.
Agora lembro da Taís Helena. Taís Helena é aquela moça que, em 2015, durante o governo Dilma, surtou em um posto de gasolina em Caxias do Sul porque o preço do litro havia chegado a 2,80. Ela gritou, para todo o Brasil, em um vídeo que se tornou o ícone do ridículo, para que “ninguém abastecesse que o país iria parar.” Bem ao “estilo Aécio.” Em seu “ataque de pelanca”, a dona Taís Helena até invocou os caminhoneiros, dizendo para que “eles parassem, que iria faltar comida na mesa dos brasileiros”. Hoje, a gasolina já até passa dos 5 reais e a dona Taís Helena está adormecida em berço esplêndido. Conselho aos caminhoneiros e à dona Taís Helena: juntem-se e vão bater panelas na porta do Jaburu!